DB Multiverse

Dragon Ball Multiverse, o romance

Escrito por Loïc Solaris & Arctika

Adaptado por Virgílio212, Rafael & comunidade

Com muito mais detalhes, redescubra a história de DBM. Esta romantização é verificada por Salagir, ela também contém adições próprias, que não foram contadas no mangá, por isso é um verdadeiro anexo da HQ!

Este comic está em pausa. A continuação virá em breve...

Intro

Parte 0 :0
Parte 1 :12345

Round 1-1

Parte 2 :678910
Parte 3 :1112131415
Parte 4 :1617181920
Parte 5 :2122232425
Parte 6 :2627282930

Lunch

Parte 7 :3132333435

Round 1-2

Parte 8 :3637383940
Parte 9 :4142434445
Parte 10 :4647484950
Parte 11 :5152535455
Parte 12 :5657585960
Parte 13 :6162636465
Parte 14 :6667686970

Night 1

Parte 15 :7172737475
Parte 16 :7677787980
Parte 17 :8182838485
Parte 18 :8687888990

Round 2-1

Parte 19 :9192939495
Parte 20 :96979899100

Round 2-2

Parte 21 :101102103104105
Parte 22 :106107108109110
Parte 23 :111112113114115

Night 2

Parte 24 :116117118
[Chapter Cover]
Parte 17, Capítulo 83.

Capítulo 83 por Lunecume

Traduzido por Virgílio212


Convicta, Bra observou a tropa de heróis que desferiu o ataque. Algo estava errado desde que ela tinha acordado, mas o quê? Ela não conseguia dizer exatamente o motivo.

Alargando amplamente seus olhos malvados, Ozotto lançou dois poderosos raios vermelhos deles. O grupo se separou para evitar melhor o ataque. O ringue explodiu, atingido pelos raios destruidores, se despedaçando em mil pedaços de diferentes tamanhos e formas.

Mirai Gohan usou um dos pedaços de apoio para pular ferozmente em direção ao monstro. Ele usou seu braço faltando, seu... -bem, seu cotoco, se você preferir- e gritou:

— Vá, engenhoca de soco!

De seu antebraço decepado surgiu uma luva de boxe com mola que atingiu o inimigo em cheio no rosto. Um molar voou e brilhou por um momento na luz suave dos holofotes. Ozotto lambeu o espaço vago em sua boca e seu sorriso desapareceu.

— Inferno e maldição! Quando eu penso que... Microfone por favor!

Um dos Vargas apressou-se a jogar um microfone para a figura sombria que o agarrou agilmente.

— Quando eu penso que... — continuou ele — ... que matei o último dentista-protético do meu universo no último sábado! Já é tempo de estender minha supremacia sobre todos os universos para que minha pessoa receba o cuidado que merece...

O terrível monstro não terminou sua frase porque, enquanto contava de sua vida com grande paixão, Marron havia jogado em sua direção um frisbee em forma de lua crescente que ficou preso entre seus lábios, dando-lhe um sorriso horroroso de desgosto.

— Marron, meu colar! — gritou Broly Jr enquanto voava a toda velocidade em direção a Ozotto para recolher seu bem.

— Já está na hora de você se livrar desses artefatos de menina! — rosnou Chuck, seguindo logo atrás dele.

Ozotto cuspiu o disco em formato de lua crescente com tanta força que o jovem saiyajin levou uma saraivada de cuspes no rosto. Ele parou e enxugou o rosto de forma frenética. Chuck teve um momento de hesitação e finalmente decidiu ajudar o menino. Seu cabelo era grosso o suficiente para limpar a saliva maldosa e anti-higiênica de Ozotto.

Durante esse tempo, o molar que havia caído no chão havia se transformado em uma espécie de saibaman albino e Yajirobé, auxiliado por Marron, o confrontou com a ponta de sua lâmina. O pequeno monstro de marfim se movia com força e agilidade. A jovem com a trança loira tentou alcançá-lo, mas em vão! O molar transformado possuía a graça de uma bailarina e girava entre espadas, socos e chutes como se já tivesse estudado cuidadosamente a coreografia de seus oponentes.

Broly Jr agora estava limpo como novo, ele finalmente conseguiu ir em busca de seu colar. Seus olhos brilharam com preocupação, parecia que esta peça de joalheria tinha um significado especial para ele. Um amuleto da sorte, talvez?

De qualquer forma, o jovem, sem saber, se fez um alvo fácil para o cruel Ozotto. Felizmente, Mirai Gohan, com o olhar de um patrulheiro que paira sobre sua cidade, estava observando. O meio saiyajin com a bochecha cortada se lançou para frente:

— Vá, engenhoca la Ra'Fa Bian!



Nota do tradutor: Isso vai envolver alguns termos usados no mundo da música, então vamos lá. Lara Fabian é uma cantora francesa famosa por cantar músicas em diferentes idiomas: Português, Espanhol, Francês, Italiano, Grego, Alemão, Hebreu, Inglês, etc.. Ela é especialmente conhecida por seu registro vocal de 3.3 oitavas, em suas performances ao vivo, Lara consegue emitir notas agudas e graves desde um Eb3 até um G#6. Em uma de suas músicas conhecida como “Je T’Aime”, que significa "Eu Te Amo" em português, ela alongou as palavras “Je T’aime” por um tempo absurdo. Talvez essa música seja um clássico por lá e a referência pôde ser imediatamente reconhecida pelo leitor francês: Mas isso é tudo um chute, já que não sou francês. Algumas partes do texto não vão ser traduzidas para manter o intuito original.

— JE T'AAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMMEUUUUUUUUUUH! — a cantora que saltou do cotoco explodiu sua Voix Millénaire. O som literalmente feriu os tímpanos de Ozotto, cujos canais auditivos começaram a sangrar.

Era agora ou nunca! O inimigo, confuso e completamente desnorteado, poderia ser derrotado!

Chuck então avançou, soltando um gemido viril ele atingiu o monstro no estômago com uma voadora, ambos os pés juntos.

Ozotto foi catapultado para trás, mas se recuperou e respondeu ao ataque, agarrando os cabelos grossos de Chuck com uma mão vingativa:

— Tick, tock, tick, tock... — disse a criatura com ar sardônico. — É hora de morrer!

— Eu não uso relógio! — Chuck gritou. — Eu decido que horas são!

Com um movimento brusco, o terráqueo arrancou-se das garras de seu adversário, sacrificando parte de seu cabelo no processo, o que deixou um buraco no topo de sua cabeça. Um lampejo de raiva tomou conta dos olhos de Chuck, ele direcionou seu punho ao queixo de Ozotto com um rugido de todos os demônios!

— E eu já contei até o infinito... duas vezes! — Chuck terminou seu raciocínio enquanto Ozotto atingia o chão.

— Isso nos dá uma boa vantagem! — gritou Son Bra, com os olhos ainda cravados nesse estranho espetáculo.

A silhueta de Ozotto se desdobrou no ar, como em um filme em câmera lenta, e caiu no chão com um baque... e indiferença geral. Para onde quer que se olhasse, seja nas arquibancadas ou nos espaços reservados aos combatentes, todos pareciam estar cuidando de seus próprio assuntos. Finalmente, Vegetto começou um jogo da velha com Gast Carcolh. Os lutadores de armadura do Universo 19 discutiam sobre roupas enquanto poliam seus equipamentos com um altruísmo quase religioso. No Universo 6, a gangue de garotas estava investida em um jogo de verdade e desafio. Son Bra fez um comentário no exato momento em que uma das meninas fez um desafio:

— Você deve carregar o filho de Kakarotto antes que o torneio acabe!

— Hum, não estou interessada. — murmurou Bra do Universo 16, virando a cabeça com desdém.

Os únicos que realmente se importaram com esses eventos foram os vargas cujos gritos pontuaram a luta. Além disso, um desses pardais levou essa batalha tão a sério que pôs um ovo.

A tropa dos cinco heróis se reuniu em torno do corpo inanimado de seu inimigo. Eles trocaram olhares e sorrisos satisfeitos, nada em seus comportamentos exibiram sequer o mínimo de duvidas de sua vitória.

Foi então que a criatura vagamente parecida com um saibaman branco veio cumprimentá-los com uma reverência:

— Obrigado, bravos heróis! Vocês me libertaram do terrível destino que pesava sobre mim! Sou a princesa Grossa-Molar e por mais de cem anos tive que, indefesa e submissa, mastigar a odiosa comida ingerida pelo sinistro Ozotto. Vou poupá-los dos detalhes sórdidos, mas ele estava longe de se alimentar bem. Passei pelas dores da desnutrição, gordura e açúcar misturados. A partir de agora, posso finalmente encontrar minha família, meus amigos, meu amor... e realizar meu sonho: me tornar uma bailarina! E tudo isso graças a vocês!

Mirai Gohan assentiu conscientemente, Chuck colocou a mão em seu próprio coração enquanto suspirava ternamente. Marron estava ajudando Broly Jr a colocar o colar de volta com um ar de vitória.

— Não nos agradeça. — respondeu Yajirobé, guardando sua espada. — Nós somos os Chuck Super Sentai depois do...

— PAREEEEEEEEEEEEEEEEEEMMMM!

Um grito estrondoso perfurou o ar e preencheu toda a arena. Uma voz poderosa e aguda que parecia vir do nada e que ecoou por todos os lugares. Mirai Gohan franziu a testa: um portal dimensional se abriu acima deles em um brilho branco espesso. Uma nave em forma de flecha apareceu e desceu lentamente. Suas cores principais eram vermelho, amarelo e azul.

A nave, cujo formato não se alterou, abriu-se pela parte de baixo e a voz que já soava antes ergueu-se novamente:

— NÃO! NÃO! NÃO! Ninguém vai acreditar nisso! Ninguém vai querer ver isso! O quê?! Tudo isso por isso?! O mais extraordinário, o mais gigantesco, o mais dantesco, o torneio mais massivo de todos os tempos e de todos os universos, perturbado, poluído por um monstro como nenhum outro, o terrível, sinistro, pavoroso, fedorento Lorde Ozotto... E a luta termina com um chute na barriga e um molar que vai brincar de O Lago dos Cisnes?! Sabe com o que tudo isso rima?! Com queda de audiência, desprogramação! COM FALÊNCIA!

Marron bateu o pé no chão, rangendo os dentes, a cabeça erguida em direção à fonte da voz:

— Pare de se empolgar, Bansa! Nós não trabalhamos para você! Reserve seus cenários falsos para suas séries! Estamos falando da realidade aqui! Nossa luta contra Ozotto brilhou com sua consistência e relevância! (……)

— Acredite no que quiser! Não tenho nada contra finais melosos e cheios de bons sentimentos, mas a história complicada da princesa Grossa-Mola… Não, desculpe, não acredito nela nem por um segundo! Tudo o que está faltando é uma revelação de última hora...

— Oh! — exclamou Mary-Sue do Universo 2. — Grossa-Mola, minha prima!

— Mary-Sue! — exclamou Grossa-Mola por sua vez, com os olhos cheios de lágrimas. — Mas não, você está errada, você é minha tia de segundo grau, assim como minha avó!

— ... Aaaaaarrrrrrghhhh! — gritou Bansa. — Não, isso é demais! Estou sofrendo, morrendo, eu já estou morto e enterrado!

Enquanto continuava seu longo gemido de pura agonia, Bansa se revelou.

Ele era um namekuseijin... Ou melhor, uma namekuseijin. Ela era baixinha e tinha tranças loiras. Seu loiro tinha um tom adocicado e seu vestido vermelho carmesim adicionava um grau ao horror do show.

Son Bra colocou a mão na frente dos olhos como se ela tivesse sido pega de surpresa e seu nariz enrugou de desgosto:

— Os namekuseijins não era pra ser assexuais? — ela perguntou.

Ao seu redor, os membros de seu universo se aglomeravam.

— Bem. — disse Trunks. — Nunca tivemos uma prova formal disso...

E os pupilos curiosos em Gohan, Goten, Trunks e Son Bra se aproximaram de Piccolo em um silêncio carregado de implicação.

— ... Nada a esconder, mas também nada a mostrar! Parem de me encarar! — friamente soltou o último, rangendo os dentes.

Eles não tiveram tempo de se aprofundar no assunto, pois o Bansa novamente começou a culpar os Chuck Super Sentai. Mirai Gohan, cerrando o punho, acaba interrompendo-a:

— Já chega, Bansa, pare com sua ridícula busca! Nós nunca trabalharemos para você! Somos mais livres que o vento que sopra na planície. Nós não pertencemos a você... Eu não pertenço a você!

— Depois de tudo o que passei por você... — respondeu Bansa, acerbamente. — Eu não poderia me contentar com tal discurso!

— Você quer lutar contra nós?! — Marron lançou-se para frente, pronta para lutar.

— Não seja tímida. — acrescentou Yajirobé, desembainhando a espada.

Enfurecida, Bansa saltou de sua nave e abriu bem a boca, que era cheia de dentes afiados:

— Final Flash Yoshi! — ela gritou e no momento seguinte estava cuspindo ovos globulares que saíram do fundo de sua garganta com a cadência de uma metralhadora.

— Eu cuidarei disso! — Broly Jr disse em uma voz confiante.

O jovem não conseguira brilhar como desejava durante a luta contra Ozotto e contava em conseguir isso agora.

Brandindo ambas as mãos para frente, ele disparou uma explosão sufocante de energia. As ondas ardentes passaram pelos ovos sem quebrá-los e... era um milagre! O calor fez com que os projéteis eclodissem e centenas de pintinhos caíssem, causando uma verdadeira neve de penugem amarela.

— Oooooooooooooooooooh! — disseram os vargas, cujo instintos paternais foram aguçados por tamanha fofura..

Bansa cessou seu ataque, atordoada por esse dilúvio de aves. Ela deixou-se cair gentilmente sobre um dos pedaços do ringue que ainda flutuava no ar.

— Minha audiência, está em queda livre. — ele sussurrou, e começou a chorar alto.

— Vamos. — Mirai Gohan disse, aproximando-se dela. — Pare com isso, é ridículo! É hora de traçar uma linha sob tudo isso e finalmente ser você mesmo novamente...

— Eu mesmo?! — gritou o namekuseijin, retirando suas tranças loiras. — Tornar-me o ser insignificante que eu era?! Aquele que você nunca notou?! Aquela que só era boa em tratar feridas e que vocês jogavam fora depois de usar?!

— Vamos, Dendê... — suspirou Mirai Gohan.

— QUÊ?! — gritaram os Gohans dos Universos 16 e 18 enquanto os Trunks e Goten desses mesmos universos começaram a rir.

Dendê?! O atual deus do mundo deles era, em outra realidade, um produtor enlouquecido vestido de mulher?!

Como se tivesse adivinhado o pensamento deles, Bansa, ou melhor, Dendê, virou-se para eles com olhar de desprezo:

— Eu proíbo vocês de me julgarem! Vocês não sabem o que eu passei. Oh, eu conheço seus mundos, eu os estudei bem. E não! Nenhum! Nenhum cenário plausível! Mesmo que eu deva admitir que minha situação em suas realidades é mais invejável que a minha! Saiba que de onde eu venho, não tive a chance de ser escolhido para me tornar o novo deus... Eu estava jogando palavras cruzadas quando você foi a para Nova Namekusei procurar um candidato! Eu estava ganhando com uma palavra de contagem tripla, não podia desistir, não podia! E perdi minha única chance de retornar à terra... Minha única chance de encontrar aquele que sempre amei, aquele por quem meu interior foi consumido desde o primeiro momento em que o vi.

E Dendé olhou intensamente para Mirai Gohan e um fio de ranho escorreu de seu nariz.

As mandíbulas de Gohan 16 e 18 quase caíram.

No Universo 16, Trunks e Goten estavam se segurando o melhor que podiam para não cair na gargalhada e Trunks acabou perguntando:

— Bra, sem comentários?

— Não, na verdade estou tentando me matar prendendo a respiração, não está claro?

Mirai Gohan, por outro lado, parecia terrivelmente entediado e cansado, como se estivesse acostumado com aquela dança.

— Dendê... Já te disse uma centena de vezes, você pode colocar implantes no cabelo e usar vestidos provocantes... Você e eu, é impossível.

O pequeno namekuseijin abaixou a testa e parecia mais sombrio do que nunca.

— Então, você nunca vai mudar de ideia, não tenho escolha.

Ele voou até pousar em sua nave que não havia se movido e rapidamente abriu os braços, gritando:

— Então vou usar minha técnica secreta! Valsa dos fantasmas, para mim!

E fios de fumaça verde giravam em torno dele, o tempo e o espaço pareciam se dobrar enquanto um longo lamento triste era ouvido que parecia vir do próprio inferno. Apareceram figuras... a do cavaleiro de armadura explodido por Uub, da jovem atomizada por Vegeta 13...

— Ótimo... — murmurou Son Bra. — Ele vai chamar todos os perdedores...

— ... e Pan, Pan 16! — seu fantasma acabava de tomar forma entre os outros.

Son Bra ficou subitamente em silêncio e sem parar para pensar, ela voou para o ar, em busca do fantasma.

— Pan! — ela gritou, alcançando sua falecida amiga e sobrinha.

A fantasma deu um largo sorriso e também estendeu a mão transparente:

— Puxe meu dedo!

Desenhado por:

BK-81       64 65

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Descanse em paz, Toriyama-sensei

[img][img]Akira Toriyama partiu deste plano. Nosso trabalho não seria nada sem ele, e vamos continuar tentando honrá-lo através de nossas páginas. 'Desenhar mangá é divertido', como você diria, mas hoje é um dia triste. Descanse em paz, mestre.

Neste domingo, a página de DBM será substituída por uma homenagem ao mesmo.

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